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Cantiga de amigo

Adriano Correia de Oliveira
Langue: portugais


Adriano Correia de Oliveira

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(Adriano Correia de Oliveira)
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(Adriano Correia de Oliveira)
Trova do vento que passa
(Adriano Correia de Oliveira)


‎[1971]‎
Parole di Luís Oliveira de Andrade (1935-1993), in arte Luís Pignatelli, poeta e scrittore ‎portoghese.‎
Musica di José Niza (1938-2011), medico, compositore e deputato portoghese.‎
Dal disco intitolato “Gente de aqui e de agora”‎



Nella poesia medievale gallego-portoghese le “cantigas de amigo” erano poesie ‎cortesi, brevi composizioni nelle quali la voce di una donna innamorata si rivolgeva ‎all’amigo - il pretendente, l’amante, lo sposo – lontano per mare o per guerra. ‎
I versi di Luís Pignatelli sono certamente ispirati a quelli ben più antichi di “Ondas do mar de ‎Vigo”, una “cantiga de amigo” composta tra la fine del XIII e l’inizio del XIV secolo dal trovatore ‎gallego Martim Codax:‎

Ondas do mar de Vigo,‎
se vistes meu amigo!‎
E ai, Deus!, se verrá cedo!‎

Ondas do mar levado,‎
se vistes meu amado!‎
E ai Deus!, se verrá cedo!‎

Se vistes meu amigo,‎
o por que eu sospiro!‎
E ai Deus!, se verrá cedo!‎

Se vistes meu amado,‎
por que hei gran cuidado!‎
E ai Deus!, se verrá cedo!



‎ ‎
Ma in questa cantiga, così come anche in Canção com lágrimas, il pensiero di Luís Pignatelli e ‎Adriano Correia de Oliveira andava in realtà a José Manuel Pais, loro grande amico e compagno di ‎studi a Coimbra, mandato a morire nella guerra d’Angola. Ed entrambi non sono qui timidi nel ‎dispensare ogni sorta di maledizioni a Salazar e ai suoi generali, responsabili di quella e di tante ‎altre morti…
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:‎

Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite encarcerar
Dentro de fel e vinagre
Sua boca há-de fechar.‎

Com sete chaves de treva
E fechaduras de neve
Que ao que levou meu amigo
Há-de a febre devorar.‎

Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:‎

Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar.‎

Com carvões de acetileno
Mai-lo sangue que há-de arder
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite decepar
Há-de o dia ver morrer.‎

Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:‎

Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar
Com carvões de acetileno.‎

Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar.‎

envoyé par Dead End - 13/12/2012 - 12:17




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