Tira o chapéu, milionário
Tira o chapéu, milionário
Vai um enterro a passar
Vai um enterro a passar
Vai um enterro a passar
Foi a filha do operário
Que morreu a trabalhar
Vai um enterro a passar
O pão que sobra à riqueza
O pão que sobra à riqueza
Distribuído pela razão
Distribuído pela razão
Distribuído pela razão
Matava a fome à pobreza
E ainda sobrava pão
Distribuído pela razão
Se eu fosse carpinteiro
Se eu fosse carpinteiro
Casava com uma ceifeira
Casava com uma ceifeira
Casava com uma ceifeira
Juntava a foice ao martelo
Fazia a nossa bandeira
Casava com uma ceifeira
O padre vendeu a burra
O padre vendeu a burra
Para não dar mais cevada
Para não dar mais cevada
Para não dar mais cevada
Agora vai aos enterros
A cavalo na criada
Para não dar mais cevada
Se a morte fosse interesseira
Se a morte fosse interesseira
Ai de nós o que seria
Ai de nós o que seria
Ai de nós o que seria
O rico comprava a morte
Só o pobre é que morria
Ai de nós o que seria
Tira o chapéu, milionário
Vai um enterro a passar
Vai um enterro a passar
Vai um enterro a passar
Foi a filha do operário
Que morreu a trabalhar
Vai um enterro a passar
O pão que sobra à riqueza
O pão que sobra à riqueza
Distribuído pela razão
Distribuído pela razão
Distribuído pela razão
Matava a fome à pobreza
E ainda sobrava pão
Distribuído pela razão
Se eu fosse carpinteiro
Se eu fosse carpinteiro
Casava com uma ceifeira
Casava com uma ceifeira
Casava com uma ceifeira
Juntava a foice ao martelo
Fazia a nossa bandeira
Casava com uma ceifeira
O padre vendeu a burra
O padre vendeu a burra
Para não dar mais cevada
Para não dar mais cevada
Para não dar mais cevada
Agora vai aos enterros
A cavalo na criada
Para não dar mais cevada
Se a morte fosse interesseira
Se a morte fosse interesseira
Ai de nós o que seria
Ai de nós o que seria
Ai de nós o que seria
O rico comprava a morte
Só o pobre é que morria
Ai de nós o que seria
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