Os vampiros
José AfonsoOriginale | Versão italiana / Versione italiana / Italian version / Italiankielinen ... |
OS VAMPIROS No céu cinzento, sob o astro mudo, Batendo as asas p’la noite calada, Vêm em bandos, com pés de veludo, Chupar o sangue fresco da manada. Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia as portas, à chegada, Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. A toda a parte chegam os vampiros, Poisam nos prédios, poisam nas calçadas, Trazem no ventre despojos antigos Mas nada os prende às vidas acabadas. São os mordomos do universo todo Senhores à força, mandadores sem lei Enchem as tulhas, bebem vinho novo, Dançam a ronda no pinhal do rei. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. No chão do medo, tombam os vencidos, Ouvem-se os gritos na noite abafada, Jazem nos fossos vítimas de um credo E não se esgota o sangue da manada. Se alguém se engana com seu ar sisudo E lhes franqueia as portas, à chegada, Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. Eles comem tudo, eles comem tudo, Eles comem tudo e não deixam nada. | I vampiri Nel cielo grigio, sotto l'astro muto sbattendo le ali nella notte silente vengono a branchi con pie' di velluto a succhiar il sangue fresco del gregge. C'è chi s'inganna al loro aspetto serio e, quando arrivano, apre loro la porta: Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Da ogni parte arrivano i vampiri, si posan sui tetti e sui marciapiedi... Portan nel ventre bottini antichi, niente li inchioda alle vite spezzate. Sono padroni dell'universo intero, signori a forza, dominatori senza legge, empion granai e bevon vino nuovo, danzano in tondo nella pineta del re. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Per terra impauriti cadono i vinti, si senton grida nella notte soffocata. Giaccion nei fossi le vittime di un'idea e non s'esaurisce il sangue del gregge. C'è chi s'inganna al loro aspetto serio e, quando arrivano, apre loro la porta: Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. Si mangian tutto, si mangian tutto, si mangian tutto e non lasciano nulla. |