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Georges Brassens: Supplique pour être enterré à la plage de Sète

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Traduzione portoghese di Jorge Stolfi, professore d’informatica...
SUPPLICA PER ESSERE SEPOLTO NELLA SPIAGGIA DI STINTINO

La Camusa che non m'ha perdonato mai
La menai per il naso ed ora sono guai
Falce in resta mi dà la caccia
E così intravvedendo l'ultimo tramonto
Son qui ad aggiornare il mio testamento
Dal mio notaio di fiducia

Bagna nella china blu del golfo d'Asinara
Bagna, bagna la penna, poi chiudi la bara
E con bella calligrafia
Segna quel che sarà di quel che mi rimane
Di quella carogna che non ha più brame
Che la si spaccia per la mia

Quando l'anima mia volerà nel cielo
Verso quella di Franti e di Rosso Malpelo
Tra quelle dei bimbi cattivi
Fino al suolo natio portate la mia scorza
Su un Trenino Verde, ultima carrozza
Se non dà fastidio ai vivi

La mia tomba di famiglia non è spaziosa
Per grazia divina ancora non è esplosa
E da lì che qualcuno esca
È improbabile e sarei un degenerato
Se dicessi "Spostati!" a qualche antenato
"Largo alla salma fresca"

Proprio in riva al mar dove lambisce l'onda
Mi si scavi vi prego una piccola tomba
Un cedevole avellino
Di fronte ai miei amici d'infanzia, i delfini
Nel greto le cui sabbie sono così fini
Sulla spiaggia di Stintino

È una spiaggia in cui anche quando grida
Il maestrale non lo fa con aria di sfida
E quando una nave fa naufragio
Il capitano grida "Questa barca è mia!
Si salvi chi può, prima la malvasia
Ognuno una botte e coraggio."

Ed è là che io ebbi in tarda gioventù
Quando farlo da soli non diverte più
La mia prima fidanzatina
Da una bella sirena, una donna-tritone
Ricevetti d'amor la prima lezione
Ingoiai la prima spina

Col dovuto rispetto per Giorgio Brassens
Io povero cantore che non vale un cent
Non mi mandi alla malora
Se gli faccio notare senza crudeltà
Che nessuno ha esaudito le sue volontà
Mentre io ci spero ancora

Questa tomba stretta tra cielo e mare
Non deturperà l'ambiente balneare
Sarà l'incanto della spiaggia
I bagnanti ci potranno poggiar la testa
E i bambini diranno con voce di festa
"Che bel castello di sabbia!"

E se vi riuscirà, sul mio poderino
Di piantarci una bella specie di pino
Ombrellaio, vi sarei grato
Che salvaguarderà dall'insolazione
Gli amici venuti con gran devozione
A darmi un ultimo commiato

Sussurrandomi parole meravigliose
Che sanno di spleen e un po' d'acqua di rose
La Tramontana ed il Mistral
M'allieteranno il sonno con un refrain
Oggi di Moustaki, domani di Ferré
Del succitato e di Jacques Brel

E scambiando il mio poggio per un guanciale
Un'ondina verrà lì sopra a sonnecchiare
Senza alcun velo pietoso
Chiedo venia già adesso al buon Gesù
Se l'ombra della croce ci si poggia su
Per un bel caso fortunoso

Poveri re, imperatori e semidei
Poveri grandi sepolti nei mausolei
Morti di gran conseguenza
Invidierete un po' l'eterno vacanziero
Che fa del pedalò senza nessun pensiero
Che passa la morte in vacanza

SÚPLICA PARA SER ENTERRADO NA PRAIA DE SÈTE

A turma que
jamais me perdoou
por ter semeado flores
nas suas narinas,
me persegue com zelo imbecil.
Então, encurralado de perto
pelos funerais,
decidi que convinha
atualizar meu testamento,
de providenciar um adendo.

Mergulhe na tinta azul
do Golfo de Lyon,
mergulhe, mergulhe sua pena
ó meu velho tabelião,
e com sua mais linda letra
anote o que é preciso
fazer com meu corpo,
quando minha alma e ele
não estarão mais de acordo
exceto em um ponto: a ruptura.

Quando minha alma tiver alçado
seu voo ao horizonte,
para as de Gavroche
e de Mimi Pinson,
as dos manos, das garotas;
que para o solo natal
meu corposeja levado
num vagão-leito
da Paris-Méditerranée,
parando na estação de Sète.

Meu jazigo de família,
infelizmente, não é nada novo,
como o vulgo diria,
está cheio como um ovo;
e até que alguém daí saia
periga de demorar,
e eu não posso
dizer a essas boas pessoas:
"Espremam-se um pouco, vai,
arrumem lugar pros jovens."

Bem à beira do mar,
a dois passos das ondas azuis,
cavem se puderem
uma pequena cova macia,
um belo nichozinho;
junto aos meus amigos
de infância, os golfinhos,
ao longo dessa orla
onde a areia é tão fina,
na praia da Moldura.

É uma praia onde, mesmo
nos seus momentos furiosos,
Netuno não se leva
nunca muito a sério;
onde quando um navio naufraga
o capitão grita:
"Eu sou o chefe a bordo!
Salve-se quem puder, o vinho
e a cachaça primeiro,
cada um com seu garrafão e coragem!"

E foi lá que outrora
aos quinze anos passados,
na idade em que se divertir
sozinho não basta mais,
eu conheci minha primeira namorada.
Ao lado de uma sereia,
uma mulher-peixe,
recebi do amor
a primeira lição,
e engoli a primeira espinha.

Respeitando a diferença
de Paul Valéry,
este humilde trovador
pretende ultrapassá-lo;
o bom mestre que me perdoe.
E ainda que seus versos
valham mais que os meus,
meu cimitério é
mais marinho que o dele,
e não desagrada aos locais.

Esse túmulo em sanduíche
entre o céu e a água,
não dará uma sombra
triste ao quadro,
mas um charme indefinível.
As banhistas o usarão
como biombo
para trocar de roupa,
et e as criancinhas dirão
"Legal, um castelo de areia!"

Será demais pedir:
no meu pequeno terreno,
plantar, eu lhes peço,
algum tipo de pinheiro,
pinho sombreiro de preferência;
que possa prevenir
contra a insolação
os bons amigos que vierem fazer,
na minha concessão,
afetuosas reverências.

Quer venham da Espanha
quer da Itália,
todos carregados de perfumes,
de músicas alegres,
o Mistral e a Tramontana,
no meu último sono
derramarão os ecos
da villanella, um dia,
um dia de fandango,
da tarantella, da sardana.

E quando a usar minha colina,
como travesseiro,
uma ninfa vier
gentilmente dormir,
com menos que nada de roupa,
eu já peço perdão
adiantado a Jesus,
se a sombra de minha cruz
se deitar um pouco sobre ela,
para um pouco de alegria póstuma.

Pobres reis, faraós,
pobre Napoleão,
pobres grandes finados
que jazem no Panteão;
pobres cinzas de importância,
vocês invejarão um pouco
o eterno turista,
que passeia de pedalinho
na onda a sonhar,
que passa sua morte de férias.

vocês invejarão um pouco
o eterno turista,
que passeia de pedalinho
na onda a sonhar,
que passa sua morte de férias...


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