Language   

Fala do homem nascido

Adriano Correia de Oliveira
Back to the song page with all the versions


OriginalTraduction française de Riccardo Venturi
FALA DO HOMEM NASCIDODISCOURS DE L'HOMME NÉ
  
Venho da terra assombradaJe viens de la terre enchantée,
Do ventre da minha mãe.du ventre de ma mère.
Não pretendo roubar nadaJe ne veux rien voler,
Nem fazer mal a ninguém.ni faire aucun mal à personne.
  
Só quero o que me é devidoJe ne veux que ce qu'on me doit
Por me trazerem aqui.pour m'avoir amené ici.
Que eu nem sequer fui ouvidoOn ne m'a pas même entendu
No acto de que nasci.au moment où je suis né.
  
Trago boca pra comerJ'ai une bouche pour manger
E olhos pra desejar.et des yeux pour désirer.
Tenho pressa de viverEt j'ai hâte de vivre,
Que a vida é água a correr.la vie, c'est de l'eau courante.
  
Tenho pressa de viverEt j'ai hâte de vivre,
Que a vida é água a correr.la vie, c'est de l'eau courante.
Venho do fundo do tempoJe viens du fond du temps,
Não tenho tempo a perder.je n'ai pas de temps à perdre.
  
Minha barca aparelhadaMon bateau est préparé,
Solta o pano rumo ao Norte.je lève la voile vers le Nord.
Meu desejo é passaporteMon désir, c'est le passeport
Para a fronteira fechada.pour la frontière fermée.
  
Não há ventos que não prestemIl n'y a pas de vents inutiles,
Nem marés que não convenham.ni de marées désavantageuses
Nem forças que me molestemni de forces qui m'empêchent
Correntes que me detenham.ni de courants qui me retiennent.
  
Quero eu e a naturezaC'est moi et la nature qui le voulons
Que a natureza sou eu.parce que c'est moi, la nature.
E as forças da naturezaEt les forces de la nature
Nunca ninguém as venceu.personne ne les a jamais vaincues.
  
Com licença! Com licença!Pardon! Je demande pardon!
Que a barca se fez ao mar.Mon bateau a pris la mer.
Não há poder que me vençaPas de force qui me vainque,
Mesmo morto hei-de passar.même mort je vais passer.
  
Não há poder que me vençaPas de force qui me vainque,
Mesmo morto hei-de passar.même mort je vais passer.
Com licença! Com licença!Pardon! Je demande pardon!
Com rumo à estrela polar.Cap à l'Étoile Polaire.
  
Venho da terra assombradaJe viens de la terre enchantée,
Do ventre da minha mãe.du ventre de ma mère.
Não pretendo roubar nadaJe ne veux rien voler,
Nem fazer mal a ninguém.ni faire aucun mal à personne.
  
Só quero o que me é devidoJe ne veux que ce qu'on me doit
por me trazerem aqui.pour m'avoir amené ici.
Que eu nem sequer fui ouvidoOn ne m'a pas même entendu
No acto de que nasci.au moment où je suis né.


Back to the song page with all the versions

Main Page

Note for non-Italian users: Sorry, though the interface of this website is translated into English, most commentaries and biographies are in Italian and/or in other languages like French, German, Spanish, Russian etc.




hosted by inventati.org