I Come and Stand at Every Door
Pete SeegerOriginal | Versione portoghese della poesia di Nâzim Hikmet, di Rui Caeiro ... |
I COME AND STAND AT EVERY DOOR | A MENINA |
I come and stand at every door But no one hears my silent tread I knock and yet remain unseen For I am dead, for I am dead. | Sou eu que bato às portas às portas, umas após outras. Sou invisível aos vossos olhos. Os mortos são invisíveis. |
I'm only seven although I died In Hiroshima long ago I'm seven now as I was then When children die they do not grow. | Morta em Hiroxima há mais de dez anos, sou uma menina de sete anos. As crianças mortas não crescem. |
My hair was scorched by swirling flame My eyes grew dim, my eyes grew blind Death came and turned my bones to dust And that was scattered by the wind. | Primeiro arderam os meus cabelos, também os olhos arderam, ficaram calcinados. Num instante fiquei reduzida a um punhado de cinzas que se espalharam ao vento. |
I need no fruit, I need no rice I need no sweet, nor even bread I ask for nothing for myself For I am dead, for I am dead. | No que diz respeito a mim, nada vos imploro: não podia comer, nem sequer bombons, a criança que ardeu como papel. |
All that I ask is that for peace You fight today, you fight today So that the children of this world May live and grow and laugh and play. | Bato à vossa porta, tio, tia: uma assinatura. Não matem as crianças e deixem-nas também comer bombons. |