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Por trás daquela janela

José "Zeca" Afonso
Lingua: Portoghese


José "Zeca" Afonso

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afjose
[1972]
Letra e música: José Afonso
Testo e musica: José Afonso
Album: Eu vou ser como a toupeira

afonsoportras
Esta canção foi dedicada ao comunista Alftedo Matos quando este se encontrava preso pela PIDE. Ele foi torturado com o método da "estátua" (ver Vejam bem), sem poder dormir durante dias seguidos. Muitos detidos morreram na prisão ou, quando saíram, nunca mais conseguiram reintegrar-se na sociedade. Destaca-se nesta canção o isolamento do preso, o muro que existe entre o silêncio cá fora e os gritos lá dentro. Também José Afonso foi preso pela PIDE e esteve na prisão de Caxias, onde escreveu as canções que figuram no disco "Venham mais cinco". Porque viveu sempre a realidade do regime ditatorial (contrariamente aos cantores que se exilaram, como Sérgio Godinho e José Mário Branco), José Afonso escreveu mais textos sobre a sorte dos membros da oposição (comunista). Além disso, como ele próprio foi vítima da perseguição, descreve-a de modo mais pormenorizado. É este o caso em "Por trás daquela janela". As suas próprias experiências fazem com que ele possa cantar a situação de Alfredo Matos com tanta compreensão e familiaridade. Acentua-se assim a força quase invencível da convicção que o ajudou a resistir à perseguição e que deve servir para encorarjar os companheiros: o sofrimento ("Mais dura a pedra moleira/ E a fé tua companheira"; "E o seu perfil anuncia / Naquela parede fria") tem sentido, tempos virão em que se poderá cantar e viver livremente.

Una canzone dedicata al comunista Alfredo Matos, quando era prigioniero della PIDE. Fu torturato con il metodo della “statua” (si veda Vejam bem), senza poter dormire per più giorni successivi. Molti detenuti morirono in prigione o, quando ne uscirono, non furono più capaci di reintegrarsi nella società. In questa canzone è evidente l'isolamento del prigioniero, il muro che c'è tra il silenzio, fuori, e le grida, dentro. Anche José Afonso fu imprigionato dalla PIDE nel carcere di Caxias, dove scrisse le canzoni dell'album “Venham mais cinco”. Dato che visse sempre la realtà del regime dittatoriale (contrariamente ai cantautori che andarono in esilio, come Sérgio Godinho e José Mário Branco), José Afonso scrisse più testi sulla sorte dei membri dell'opposizione (comunista). Inoltre, poiché egli stesso fu vittima della persecuzione, la descrive in modo più dettagliato. E' il caso di “Por trás daquela janela”. Furono proprio le proprie esperienze personali a fargli cantare la situazione di Alfredo Matos con tanta comprensione e familiarità. Si accentua così la forza invincibile della convinzione che lo aiutò a resistere alla persecuzione, e che deve servire a fare coraggio ai compagni: la sofferenza (“Più dura di una macina / è la fede, tua compagna”; “E la sua sagoma annuncia / in quella fredda parete”) ha un senso, e verranno tempi in cui si potrà cantare e vivere liberamente.

In "A canção de intervenção portuguesa - Contribuição para um estudo e tradução de textos" de Oona Soenario, 1994-1995, Universidade de Antuérpia.


assojos


Associação José Afonso
Ao Alfredo Matos, quando se econtrava preso pela PIDE.
José Afonso.


Por trás daquela janela
Por trás daquela janela
Faz anos o meu amigo
E irmão

Não pôs cravos na lapela
Por trás daquela janela
Nem se ouve nenhuma estrela
Por trás daquele portão

Se aquela parede andasse
Se aquela parede andasse
Eu não sei o que faria
Não sei

Se a minha faca cortasse
Se aquela parede andasse
E grito enorme se ouvisse
Duma criança ao nascer

Talvez o tempo corresse
Talvez o tempo corresse
E a tua voz me ajudasse
A cantar

Mais dura a pedra moleira
E a fé, tua companheira
Mais pode a flecha certeira
E os rios que vão pró mar

Por trás daquela janela
Por trás daquela janela
Faz anos o meu amigo
E irmão

Na noite que segue o dia
Na noite que segue o dia
O meu amigo lá dorme
De pé

E o seu perfil anuncia
Naquela parede fria
Uma canção de alegria
No vai e vem da maré

Por trás daquela janela
Por trás daquela janela
Faz anos o meu amigo
E irmão

Não pôs cravos na lapela
Por trás daquela janela
Nem se ouve nenhuma estrela
Por trás daquele portão.

inviata da Riccardo Venturi - 10/7/2009 - 17:07



Lingua: Italiano

Versione italiana di Riccardo Venturi
10 luglio 2009
DIETRO QUELLA FINESTRA

A Alfredo Matos, quando era prigioniero della PIDE.
José Afonso.


Dietro quella finestra
Dietro quella finestra
Sta da anni il mio amico
E fratello

Non porta garofani al bavero
Dietro quella finestra
E non si sente nessuna stella
Dietro a quel portone

Se quella parete crollasse
Se quella parete crollasse
Io non so che farei
Non lo so

Se il mio coltello tagliasse
Se quella parete crollasse
E il grido immenso si sentisse
Di un bambino che nasce

E se forse il tempo scorresse
E se forse il tempo scorresse
E la tua voce mi aiutasse
A cantare

Ma è più dura d'una macina
La fede, tua compagna.
Può più di una freccia diritta
E dei fiumi che vanno al mare

Dietro quella finestra
Dietro quella finestra
Sta da anni il mio amico
E fratello

Nella notte che segue il giorno
Nella notte che segue il giorno
Il mio amico là dorme
In piedi

E la sua sagoma annuncia
In quella fredda parete
Una canzone d'allegria
Nel va e vieni della marea

Dietro quella finestra
Dietro quella finestra
Sta da anni il mio amico
E fratello

Non porta garofani al bavero
Dietro quella finestra
E non si sente nessuna stella
Dietro quel portone.

10/7/2009 - 17:59




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